Alva é tua tez, qual neve ao amanhecer,
que o vento toca como um suspiro.
Vejo em teu sorriso a luz do saber,
em teu silêncio, o contemplar do ser.
Teus olhos brilhantes, lânguidos como a lua,
não escondem — demonstram.
Refletem segredos que o tempo não viu,
prometem o que nunca foi dito.
Em teu gesto mora a ternura,
ainda que não falte a doçura —
esta permanece.
E ao teu olhar compreendo:
há belezas que não clamam atenção,
mas refletem a plenitude de um coração.
(Fernando M.)
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