Mais um dia que começa,
do labor, do rechaço,
do cansaço que me assola;
esgotado, eu subo e empurro.
Já não mais me aguento;
sob o sol que me escalda, a vida esvai.
A cada gota de suor, vou morrendo;
chego ao topo com a noite — e a pedra cai.
Outro dia chegando,
meu estômago revirando
do desespero que me consome.
O trabalho recomeça.
O esgotamento, a morte, recomeçam
no eterno fardo deste homem.
(Fernando M)
Só mais um dia, só mais uma semana, só mais um mês, só mais um ano. E assim seguimos, como formigas, como Sísifo, num esforço vazio, mas infinito.
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